INSTITUTO DA VISÃO – LAMENTA O FALECIMENTO DE GILBERTO DIMENSTEIN
A equipe do Instituto da Visão – IPEPO se solidariza com a família e amigos do escritor e jornalista Gilberto Dimenstein, que faleceu na manhã de 29 de maio, enquanto dormia, aos 63 anos, vítima de câncer no pâncreas. Gilberto lutava contra a doença há 9 meses.
Já doente, em 25 de janeiro de 2020, o renomado jornalista protagonizou, como sempre fez, a cerimônia de entrega do Prêmio Cidadão São Paulo, realizada no Museu de Arte Moderna da cidade, ocasião na qual o Instituto da Visão foi um dos premiados. Vale aqui recordar que, após a cerimônia, Gilberto concedeu entrevista ao IPEPO News, afirmando que, o que mais lhe impressionou no trabalho do IPEPO foi a capacidade de unir várias forças e acertar no resultado. “Fico contente em premiar o Instituto da Visão, que é um dos principais ícones mundiais de como se usar o poder da ciência e da medicina, para ajudar a vida dos mais pobres. O IPEPO tem um trabalho extraordinário, não só em São Paulo, mas na Amazônia, que mostra como um grande acerto de várias forças, a Marinha, o Exército, consegue atender a baixo custo. Então, isso é uma aula de tecnologia social. Foi daí que a gente escolheu o IPEPO para este Prêmio”, declarou Dimenstein, naquela memorável noite.
“O profundo conhecimento, pelo poder da capilaridade de coletar as informações que o Gilberto Dimenstein criou nos diversos segmentos da nossa sociedade, nos deixou orgulhosos pela escolha do IPEPO, em 2020, na área de saúde, e tristes com a perda desse homem que, como um tempero, mesmo em pequena quantidade, mudou o paladar da nossa sociedade“, declara Dr. Paulo Henrique Morales, gerente médico operacional do Instituto da Visão – IPEPO.
Gilberto Dimenstein construiu sua carreira brilhantemente, com passagens por grandes veículos de comunicação, como Folha de S.Paulo, onde trabalhou por 28 anos, Rádio CBN, Jornal do Brasil, Correio Braziliense, entre outros, além de ter publicado mais de 10 livros. Foi ganhador de dois Prêmios Esso de Jornalismo – em 1988, na categoria Principal, com a reportagem “A Lista da Fisiologia”, em 1989, na categoria Informação Política, com “O Grande Golpe”, ambas publicadas pela Folha de S.Paulo, de dois Prêmios Líbero Badaró de Imprensa e o Prêmio Jabuti de Literatura de Melhor Livro de Não-Ficção em 1993, com “O Cidadão de Papel”.
Ele se preocupava em defender a liberdade de imprensa, as minorias e os mais vulneráveis. Em 1997, plantou sua primeira semente, fundando a Cidade Escola Aprendiz, projeto experimental de comunicação e educação, realizado com alunos do ensino médio. Daí nascia o Projeto Aprendiz, um dos pioneiros no Brasil a abordar educação e cidadania. Com instalações na Vila Madalena, a Cidade Escola Aprendiz chamava a atenção fora do País também. Até que em 9 de março de 2007, o projeto recebeu, em visita oficial, a primeira dama dos Estados Unidos, Laura Bush, que marcou sua presença, chegando com 15 carros diplomáticos pelas ruelas da Vila.
Em 2009, fundou o site Catraca Livre, visando a conectar em plataforma única, os eventos culturais gratuitos da cidade de São Paulo. Ele procurava incentivar projetos criativos de impacto social, articulando parcerias e utilizando a visibilidade das redes sociais do Catraca Livre, que atingem cerca de 40 milhões de pessoas, mensalmente.