TELEMEDICINA DEIXA DE SER UMA TENDÊNCIA PARA SER UMA REALIDADE
Diante de tantos desafios impostos pela pandemia causada pelo novo coronavírus, médicos e pacientes encaram as novas tecnologias como formas de seguir em frente e manter as expectativas para um futuro pós-Covid-19. Assim, a telemedicina e os webinares deixaram de ser ferramentas inovadoras para virem a ser a solução do momento, tanto para o aspecto ensino-aprendizagem, quanto para possibilitar o atendimento dos pacientes, até que a vida volte ao normal.
Nesta edição, o IPEPO News entrevista o médico oftalmologista Fernando Macei Drudi, coordenador da Unidade São Miguel Paulista do Instituto da Visão – IPEPO, que expõe com clareza seu ponto de vista sobre o tema.
IPEPO News – Como oftalmologista, como o senhor vê o futuro da oftalmologia no período pós-pandêmico?
Fernando Macei Drudi – O avanço da epidemia trouxe um cenário desafiador, sendo ainda difícil precisar os danos que o novo coronavírus poderá causar em esfera global, tanto no sistema de saúde atual, como na econômica mundial.
Originado na cidade de Wuhan, na China, no final do ano passado, o coronavirus é agora protagonista de um dos mais graves períodos da história da saúde mundial. Classificada como Covid-19 pela Organização Mundial de Saúde em 11 de fevereiro deste ano, a pandemia impôs uma série de medidas de proteção, que impactaram diretamente no cotidiano, exigindo, sobretudo, o distanciamento social, e com ele, uma desafiadora e nova rotina, com a qual é necessário encarar os medos e estar aberto a compreender as transformações.
O mundo pós-pandemia traz muitas interrogações e questionamentos, principalmente sobre como será o futuro dentro da oftalmologia. Acredito que o uso de ferramentas online será muito mais intensificado daqui para frente. Muitos negócios vão perder a importância, enquanto outros irão se destacar. As empresas tradicionais precisam se reinventar. O mesmo acontecerá com a medicina
IPEPO News – O Covid-19 afetou de que maneira a rotina de atendimento na Unidade São Miguel Paulista do Instituto da Visão? As novas tecnologias estão disponíveis aos seus pacientes? Como estão sendo feitos os atendimentos?
Fernando Macei Drudi – A unidade do Instituto da Visão – IPEPO em São Miguel, está funcinando apenas para atendimento de urgência e emergência. Conseguimos manter o mínimo de atendimento necessário para evitar a cegueira previsível. Continuamos operando casos graves, que infelizmente não podem esperar. Nossos colaboradores estão trabalhando em esquema de rodízio, para diminuir a possibilidade de contágio, e adotando todas as medidas adequadas recomendadas em relação aos equipamentos de proteção individual.
Vivenciamos a regulamentação da telemedicina durante a pandemia que até então eram apenas discussões da classe médica. Aos poucos, o que antes era apenas uma hipótese foi reforçado pelo Conselho Federal de Medicina, que reconheceu o uso dos telesserviços de forma excepcional no momento. No entanto, acredito que esta mudança será definitiva. Os serviços médicos precisam estar preparados para fornecer a seus pacientes, esta nova modalidade de atendimento, que permite disseminar o acesso médico à população. Na China e na Itália, países mais afetados pelo vírus, diversas empresas de telemedicina têm se mobilizado para oferecê-la às instituições necessitadas. O número de atendimentos a distância está crescendo de forma exponencial nesses países, o que deve acontecer em todos os outros.
IPEPO News – Quais são as suas expectativas para normalização do expediente?
Fernando Macei Drudi – Esperamos, após o início da flexibilização das medidas de distanciamento social, voltarmos às nossas atividades integrais de maneira gradual, obedecendo as novas diretrizes governamentais.
CLIPPING DA ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA NA MÍDIA COMPROVA UTILIZAÇÃO DA TELEMEDICINA (Clipping de 15 a 21 de maio):